Morphological alterations of the apical foramen after foraminal enlargement: a systematic review of ex vivo studies / Alterações morfológicas do forame apical após ampliação foraminal: uma revisão sistemática de estudos ex vivo

Foraminal enlargement has been recommended to optimize the disinfection of infected root canals, although some authors still claim that the foramen should be kept in its original shape and position. This study aimed to evaluate morphological alterations of apical foramen after foraminal enlargement through a systematic review. An electronic search was conducted until April 2022. Ex vivo studies evaluating influence of foraminal enlargement in the morphologic changes of apical foramen were included. Studies without a control group or available full text were excluded. Foraminal deformation and area increase were considered as primary outcomes. Risk-of-bias assessment was performed according to a modified Joanna Briggs Institute's Checklist. From 702 studies retrieved, five were eligible. Most studies used single-rooted teeth, and rotary systems for instrumentation ranging from ­ 2 mm to + 1 mm to the apex. All studies found increased major foramen deformation after foraminal enlargement. Among four studies that evaluated foraminal area, all found increased area after foraminal enlargement. Insufficient data for touched/untouched walls by instruments and dentinal microcrack formation was observed. A low risk of bias was found. Foraminal enlargement during root canal preparation seems to increase deformation and major apical foramen area. Future investigations with standardized methodologies are encouraged (AU)

A ampliação foraminal tem sido recomendada para otimizar a desinfecção de canais radiculares infectados, embora alguns autores ainda afirmem que o forame deve ser mantido em sua forma e posição originais. Este estudo teve como objetivo avaliar alterações morfológicas do forame apical após ampliação foraminal por meio de uma revisão sistemática. Uma busca eletrônica foi realizada até abril de 2022. Foram incluídos estudos ex vivo que avaliaram a influência da ampliação foraminal nas alterações morfológicas do forame apical. Foram excluídos estudos sem grupo controle ou com texto completo indisponível. A deformação foraminal e o aumento da área foram considerados desfechos primários. A avaliação do risco de viés foi realizada de acordo com uma lista de verificação modificada do Instituto Joanna Briggs. Dos 702 registros recuperados, cinco foram elegíveis. A maioria dos estudos utilizou dentes unirradiculares e sistemas rotatórios para instrumentação, com comprimento de trabalho variando de ­ 2 mm a + 1 mm até o ápice. Todos os estudos encontraram aumento da deformação do forame maior após ampliação foraminal. Dos quatro estudos que avaliaram a área foraminal, todos encontraram aumento de área após alargamento foraminal. Foram observados dados insuficientes para paredes tocadas/intocadas pelos instrumentos e formação de microfissuras dentinárias. Um baixo risco de viés foi encontrado. A ampliação foraminal durante o preparo do canal radicular parece aumentar a deformação e a área do forame apical. Futuras investigações com metodologias padronizadas são incentivadas (AU)

Avaliação das alterações morfológicas do forame apical após ampliação foraminal: uma revisão sistemática / Evaluation of morphological alterations of apical foramen after foraminal enlargement: a systematic review

Este trabalho de revisão sistemática propôs-se a avaliar as alterações morfológicas do forame apical após procedimento de ampliação foraminal. Foi realizada busca eletrônica nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, SciELO, Embase, Google Acadêmico e listas de referência até abril de 2022. Apenas estudos ex vivo avaliando a influência do alargamento foraminal nas alterações morfológicas do forame apical foram incluídos. Estudos sem um grupo controle ou texto completo disponível foram excluídos. Deformação foraminal e aumento de área do forame foram considerados os desfechos primários. A avaliação do risco de viés foi realizada de acordo com uma lista de verificação modificada do Joanna Briggs Institute. Setecentos e dois estudos foram recuperados, dos quais treze eram elegíveis para análise qualitativa. A maioria dos estudos utilizou molares superiores ou inferiores com canais radiculares curvos e sistemas rotatórios e reciprocantes para instrumentação. O comprimento de trabalho determinado pelos estudos incluídos variou de dois milímetros aquém a um milímetro além do forame apical. Em relação à deformação foraminal, dos estudos incluídos nesta revisão, oito encontraram aumento da deformação do forame após ampliação foraminal, enquanto cinco não observaram influência significativa. Entre oito estudos que avaliaram a área foraminal, todos encontraram aumento da área após ampliação foraminal. Dados insuficientes para paredes tocadas/intocadas pelos instrumentos endodônticos e formação de microtrincas dentinárias foram observados. Um baixo risco de viés foi encontrado. Dentro das limitações desta revisão, nota-se que a ampliação foraminal durante o preparo do canal radicular parece aumentar a deformação e a área do forame apical, especialmente quando o comprimento de trabalho excede o limite do forame maior em, pelo menos, um milímetro. No entanto, não foi possível concluir se existe um protocolo conservador, porém eficaz, para ampliação foraminal, devido à grande heterogeneidade metodológica dos estudos. Futuras investigações com metodologias padronizadas são encorajadas a fim de se fornecer evidências mais robustas.

This systematic review aimed to evaluate the morphological alterations of the apical foramen after foraminal enlargement procedure. Electronic searches were performed in PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, SciELO, Embase, Google Scholar databases and reference lists until April 2022. Only ex vivo studies evaluating the influence of foraminal enlargement on morphological changes of the apical foramen were included. Studies without a control group or full text available were excluded. Foraminal deformation and increased area were considered the primary outcomes. The risk of bias assessment was performed according to a modified Joanna Briggs Institute checklist. Seven hundred two studies were retrieved, of which thirteen were eligible for qualitative analysis. Most studies used maxillary or mandibular molars with curved root canals and rotary and reciprocating systems for instrumentation. The working length determined by the included studies ranged from two millimeters short to one millimeter beyond the apical foramen. Regarding foraminal deformation, of the studies included in this review, eight found an increase in foramen deformation after foraminal enlargement, while five did not observe a significant influence. Among eight studies that evaluated the foraminal area, all found an increase in the area after foraminal enlargement. Insufficient data for touched/untouched cemental walls by endodontic instruments and formation of dentin microcracks were observed. A low risk was found in the risk of bias analysis of eligible studies. Within the limitations of this review, it is noted that foraminal enlargement during root canal preparation seems to increase the deformation and area of the apical foramen, especially when the working length exceeds the limit of the greater foramen by at least one millimeter. However, it was not possible to conclude whether there is a conservative but effective protocol for foraminal enlargement due to the great methodological heterogeneity of the studies. Future investigations with standardized methodologies are encouraged in order to provide more robust evidence.